terça-feira, 17 de março de 2009

A Influência da moda nos dias de Hoje

Vivemos num mundo em que a moda está presente em tudo o que necessitamos no dia-a-dia como por exemplo: o que vestimos, o mobiliário das nossas casas, os lugares a frequentar etc.
A moda e um fenómeno sócio–cultural que expressa hábitos ,usos, costumes da sociedade, num determinado momento.
As tendências da moda surgem, associadas a uma passagem, do verão para o inverno ou do inverno para o verão.

A tendência para escolher o estilo e até mesmo as cores da roupa, tendo em conta o que se usa no momento na sociedade em que se esta inserido, pode ser considerado um factor negativo. Pois muitas pessoas deixam de lado os gostos pessoais e tentam vestir o que se usa para andar na moda.
Contudo, a moda e facilmente mutável, dado que estamos constantemente a mudar o vestuário ou os penteados, o que é na moda usar agora, já não estará alguns meses depois.
Deste modo, a moda também influência a economia, para andar na moda
É preciso comprar novas peças de vestuário e adereços, havendo assim um maior gasto de dinheiro, sendo um factor negativo para consumidores e em contrapartida positivo para os comerciantes.
Os aspectos positivos da moda são a sua originalidade, tanto na criação, como nas novas peças com formatos diferentes doa habituais.
A beleza é um factor de grande importância na nossa sociedade, a moda contribui para este facto, pois moda e beleza, andam “de mãos dadas”.
No geral a moda traz benefícios importantes tanto a nível económico como a nível social, contudo e preciso ter em atenção consequências que dela advêm como por exemplo: o consumismo.

Moda dos anos 90


Até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciou a moda. Foram lançados, por exemplo, os jeans coloridos e as blusas segunda-pele, que colocaram a lingerie em evidência. Isso alavancou a moda íntima, que criou peças para serem usadas á mostra, com novos materiais e cores.

Essa é uma década marcada pela diversidade de estilos que convivem harmoniosamente. A moda seguiu cada uma dessas tendências, produzindo peças para cada tipo de consumidor e para todas as ocasiões. Entretanto, vale a pena ressaltar o Grunge, que impulsionado pelo rock, influênciou a moda e o comportamento dos adolescentes com seu estilo despojado de calças/bermudões largos e camisas xadrez da região de Seattle, berço destes musicos.

A camisa xadrez, aliás, foi uma verdadeira coqueluche presente mesmo nos armários dos rapazes mais tradicionais.

segunda-feira, 16 de março de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

Anos 80 - A Época do exagero

Os anos 80 têm influência no romantismo dos anos 50, porém com mais exagero. O glamour da noite e o charme do brilho deixa para atrás o estilo hippie. Nesta época era muito importante para o sucesso ter um corpo bonito e saudável. É também nesta época que surge muitas academias onde praticavam essencialmente a ginástica aeróbica, que utilizava músicas dançantes da época, tais como Dancing With Myself de Billy Idol, Hollyday de Madona, Everybody Dance Now de Snap, entre outras. As calças de fato de treino e as calças de fuseaux passa de dentro das academias para as ruas, juntamente com as sapatilhas que se torna o calçado de toda a hora. As sapatilhas fazem ressurgir a moda dos mocassins clássicos e multicoloridos. As cores utilizadas nos anos 80 eram fortes e fluorescentes – laranja, amarelo, verde-limão, rosa. Os vestidos passaram a valorizar o corpo da mulher, pois passaram de vestidos longos e largos para vestidos curtos com cintura marcada. O visual era extravagante.

As mulheres abusavam da maquilhagem, pois utilizavam sombras escuras, batons de cores vivas, como o vermelho e utilizavam o blush nas bochechas para as deixarem rosadas. O visual mais utilizados era a poupa, que era feita com gel. Foi nos anos 80 que surgiram as ombreiras que tinha o objectivo de alargar os ombros com pequenas almofadas de espuma.

As saias balão que tinham sido moda nos anos 60 voltam a ser sucesso na década de 80. As leggins, os macacões e os casacos com mangas enormes também compõe a moda dos anos 80. Madonna era símbolo do visual ousado e único e a princesa Diana era símbolo da elegância romântica dos anos 80.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Moda Enquanto Fenómeno Social - História da Moda

Este vídeo é um resumo breve sobre a historia da moda no mundo. Relata a moda desde a pré-história à actualidade. Mostra a moda do Egipto, Grécia, Época Moderna, Época Contemporânea e a Moda do século XX.


terça-feira, 3 de março de 2009

Anos 70 - Época que tinha o objectivo de chocar

Os anos 70 destacava-se pela irregularidade, não tem um perfil definido. Nesta década prosseguiram as transformações dos direitos das mulheres – tudo deixou de ser programa de minorias, sendo aceito e levado à prática pelas grandes massas. Tudo era permitido, desde que não tivesse um aspecto normal.
Em caso de dúvida, as pessoas utilizavam os jeans. Em 1971 a marca Levis Strauss recebeu pelos seus blue jenas o prémio da indústria da moda norte-americana. Os jeans clássicos utilizados no dia-a-dia transformaram-se em jeans chiques que exibiam etiquetas de Carin, Calvin Klein, Fiorucci… Os jeans pela sua vez teve alguns tratamentos (manchados, aveludados, escovados) e passam a ser a segunda pele das pessoas.Os anos 70 foram marcados pelos sapatos de saltos altos e finos com meias curtas de lurex e sapatos de plataforma. O colorido e o brilhante caracterizavam a moda da época. O objectivo da moda da década de 70 era chocar as pessoas. No dia-a-dia encontravam se os adeptos do estilo romancista – casacos bordados e vestidos floridos. A moda hippie surge na década de 70 e era caracterizada pelas roupas ciganas, calças a boca-de-sino, estas eram unissex, batas indianas, vestidos longos, lenços, franjas nas bolsas e cintos, camisolas coloridas ou manchadas, óculos redondos e faixas no cabelo. Os cabelos naturais e encaracolados eram o visual mais utilizado, e quanto mais ousado melhor. Os hippies também vestiam calça de patchork e utilizavam colares de missangas e bijutarias étnicas. Os cabelos mais utilizados eram o black-power e woodstock. Os punks substituíram o "love and peace" pelo "sex and violence".
As saias da época subiam e desciam como um elevador: uma hora era mini, outra era micro e por fim longa, os vestidos floridos tinham barras com bordados ingleses, que simbolizava um visual romântico. As cores mais utilizadas na época eram violenta, bordo, ferrugem e metalizado. Nos anos 70 havia visual para diferentes gostos, desde a moda apache à moda disco, desde estilo floral e indiano à moda metalizada, desde as roupas artesanais aos jeans. Tudo era uma novidade na época. A moda masculina nos anos 70 era influenciada pelo estilo de John Travolta em “os Embalos de Sábado à Noite” - fato branco, calça a boca-de-sino, camisas com golas pontudas e enormes.






quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mary Quant - Minissaia


A inglesa Mary Quant foi a responsável pelo lançamento, em 1960, do diminuto pedaço de pano que mudou o guarda-roupa feminino. No início dos anos 60 o aparecimento da minisasaia um pouco por todo o lado veio a minar a moralidade dominante e a subverter todo o tradicionalismo conservador e reaccionário que Salazar e os seus comparsas do integralismo lusitano, com o Cardeal Cerejeira à frente, quiseram impor aos portugueses ao longo da sua ditadura que começou com o golpe militar a partir de 1926 e se consolidou com o regime do Estado Novo da Constituição Corporativa de 1933.
O modelo da mulher doméstica (e domesticada), dona de casa e submetida ao marido (definido como o cabeça de casal), começou a ser posto em causa e com ele a tríade da moral e da ideologia salazarista do «Deus, Pátria e Família».

A geração bay-boom do Pós-Guerra tinha atingido a adolescência e pretendia romper os arquétipos morais e ideológicos que moldaram as mentalidades e os costumes das épocas passadas. A música, o corpo e a indumentária serviram perfeitamente para esse objectivo. O rock (com o seu ritmo endiabrado), a dança lasciva que a acompanhava, e as roupas leves foram o sinal premonitório para as lutas emancipadoras pela liberdade de costumes e de ideias que se prologaram pelos anos seguintes.

Portugal, apesar da censura e dos apertados controlos da ditadura de Salazar, não foi excepção ao vento que soprava por maior liberdade. A boutique Bazaar se tornou o símbolo de vanguarda dos anos 60 e 70.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Anos 60 - A Época que Mudou o Mundo



A década de 60 representou, no início, a realização de projectos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50. A segunda metade dos anos 50 já prenunciava os anos 60: a literatura beat de Jack Kerouac, o rock de garagem à margem das grandes estrelas do rock e os movimentos de cinema e de teatro de vanguarda.
Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no âmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), num tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de "endurecimento" dos governos.
Os anos 50 chegaram ao fim com uma geração de jovens, filhos do chamado "baby boom", que vivia no auge da prosperidade financeira, num clima de euforia consumista gerada nos anos do pós-guerra nos EUA.
A nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.Imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos, mostrava uma rebeldia ingénua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As raparigas bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.

Nesta época teve início uma grande revolução comportamental como o surgimento do feminismo e os movimentos civis em favor dos negros e homossexuais. O Papa João XXIII abre o Concílio Vaticano II e revoluciona a Igreja Católica. Surgem movimentos de comportamento como os hippies, com protestos contra à Guerra Fria, Guerra do Vietnam e o racionalismo. Esse movimento foi também a chamado de contracultura. Ocorre também a Revolução Cubana na América Latina, levando Fidel Castro ao poder. Tem início também a descolonização da África e do Caribe, com a gradual independência das antigas colónias.

Anos 50 - A época da Feminilidade


Com o fim dos anos da guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 tornou-se mais feminina e glamurosa, de acordo com a moda lançada por Christian Dior, em 1947 – “New Look”. A silhueta desta década veio mudar completamente o vestuário feminino sendo ela caracterizada pela cintura bem marcada, os vestidos eram amplos e até aos tornozelos e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos como peles e jóias. A moda nesta altura seguia o caminho da simplicidade e da praticidade, sendo a guerra uma principal influenciadora para a mulher ansiar pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação, sendo o “New Look” uma forma de aceitação por parte das mulheres. Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. Era tempo de cuidar da aparência! A maquilhagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de produtos para os olhos (rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, sombras e delineador). As tintas para os cabelos também passaram a fazer parte da vida de dois milhões de mulheres; os penteados podiam ser rabos-de-cavalo, os cabelos ficaram mais curtos, com mechas caindo no rosto e as franjas davam um ar de menina. Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50: o das ingénuas chiques encarnado por Grace Kelly (artista de cinema), que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade; e o estilo sensual e fatal, como o das actrizes Rita Hayworth. Contudo, os dois grandes símbolos de beleza dos anos 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot que eram uma mistura de dois estilos: a combinação da ingenuidade e sensualidade. Nomes importantes da criação de moda são Cristobal Belenciaga, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grés, Nina Riccie e o próprio Christian Dior. A partir de 1950, uma difusão da alta-costura parisiense tornou possível a criação de um grupo chamado “Costureiros Associados”. Assim, mais tarde, a grife “Jean Dessès-Diffusion” começou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e da África do Norte. Nessa época, pela primeira vez, as pessoas comuns puderam aceder às criações da moda sintonizada com as tendências do momento. Uma preocupação dos estilos era a diversificação dos produtos, através do sistema de licenças, que estava revolucionando a estratégia económica das marcas. Assim, alguns se tornaram símbolos do que havia de mais chique, como o perfume de Chanel Nº5 e o batom Coronation Pink, lançado por Helena Rubinstein. Dentro de um grande número de perfumes lançados nos anos 50, muitos constituem ainda hoje os principais produtos em que se apoiam algumas maisons, cuja sobrevivência muitas vezes é assegurada põe eles.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Biografia de Christian Dior


Christian Dior (Granville, 21 de Janeiro de 190524 de Outubro de 1957) foi um influente estilista francês.
Filho de um comerciante de fertilizantes da região do
Canal da Mancha, Dior queria seguir a carreira artística como artista plástico. Foi mandado para Paris, para estudar Relações Internacionais, uma vez que seu pai queria que o jovem Christian seguisse a carreira diplomática e que pudesse administrar os negócios da família.
No caldeirão de culturas representado por Paris, o jovem não se adaptou à profissão escolhida pelo pai, e logo se viu cada vez mais dentro do ramo das
artes. Começou a frequentar ateliês de pintura e de desenho, chegando mesmo a pintar alguns quadros. Mas foi a sua habilidade para desenhar roupas que lhe conferiu destaque e fama.
Posteriormente, o seu círculo de amigos se expandiu e conheceu um importante empresário da
indústria têxtil, que lhe garantiu patrocínio para a produção de algumas peças. O resultado foi bem sucedido: os seus traços e a visão que tinha do corpo feminino causaram fascínio e delírio e, em 1947 inaugurou a Mansão Dior de Alta-costura que, impulsionada pelo seu New Look, impôs uma verdadeira revolução na arte de vestir.
O New Look foi um conceito revolucionário uma vez que resgatava a
feminilidade da mulher, aclama a grandiosidade da vida e da existência humana e devolvia vida às pessoas: tudo que o mundo pós-guerra necessitava. Além de causar fascínio pela sua elegância e luxo, o conceito do New Look vinha carregado de extravagância e exagero: vestidos tradicionalmente feitos com 5 metros de tecido, agora usavam até 40 metros. Isso também ajudou a repercussão do conceito permitindo encerrar a mentalidade do racionamento no pós-guerra.
Ao longo de sua carreira fez a própria tradução física dos
sonhos e da fantasia humana através de seus vestidos. Actualmente nas mãos de John Galliano, a Mansão Dior permanece como ícone da alta-costura mundial, fazendo jus aos ideais de seu criador.

Bikini



Logo após a 2a. Guerra, Louis Reard, um engenheiro mecânico francês, que herdara da mãe a administração de uma indústria de lingerie, desenhou o primeiro traje de banho de duas peças sumárias.
Fez seu lançamento num desfile que causou furor, a 5 de julho de 1946. Difícil foi convencer alguém a desfilar com aquele "escândalo", até que o criador, conseguiu convencer uma bailarina exótica, Micheline Bernardi, a apresentar o bikini ao mundo. O traje (e a jovem Micheline) obtiveram um sucesso estrondoso e imediato. O efeito do bikini foi devastador nas praias de todo o planeta.
Segundo consta, até poucos dias antes do desfile, o criador não tinha ainda escolhido um nome para sua criação.
Reard procurava algo que fosse exótico, sensacional, provocador, bem ao jeito do novo traje. A "ajuda" veio dos EUA, que, quatro dias antes do desfile, detonaram uma bomba atómica no atol de Bikini.
Este viria a espantar o mundo com seu efeito devastador. Ganhou um nome que o ligava aos ensolarados mares do Sul e à incontrolável força dos artefactos nucleares.

Evolução do Bikini

Anos 50
Estilo duas-peças, de tamanho grande e as cavas da cueca são bem baixas. Foi considerado ousado, mas hoje é tido como um tamanho grande.

Anos 60
Ousado por deixar o umbigo bem à mostra, com cava maior que a dos 50.

Anos 70
Tipo de bikini de cintura baixa, também bastante comum nos dias de hoje devido à retoma da moda. Em geral com cueca lisa e soutien estampado. Era ousado porque o ideal seria ter o conjunto. A tanga foi uma atitude tipicamente carioca.

Anos 80
Lycra brilho, o soutien retorcido e sem nenhuma estrutura no bojo, com cores fortes, como verde-limão e rosa-choque. O fio-dental e o asa-delta foram uma febre, assim como o sunquíni.

Anos 90
A parte de baixo era uma espécie de sunguinha ou calção e a camuflagem foi um padrão típico da década.

Anos 2000
Há uma mistura de diversas modas antigas, principalmente dos anos 70 e 90 tornando-se menos comum o modelo asa-delta. Novos modelos bastante diferentes como um que de frente aparenta maiô, mas de costas apresenta-se como um biquíni, são criados e apresentados em desfiles de modas, virando febres em cada momento.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A Moda e a Guerra-Anos 40


Em 1940, a Segunda Guerra Mundial já havia começado na Europa. A cidade de Paris ocupada pelos alemães em Junho do mesmo ano, já não contava com todos os grandes nomes da alta-costura e suas maisons.
Muitos estilistas se mudaram, fecharam suas casas ou até mesmo as levaram para outros países.
A Alemanha ainda tentou destruir a indústria francesa de costura, levando as maisons parisienses para Berlim e Viena, mas não teve êxito. O estilista francês Lucien Lelong, então presidente da câmara sindical, teve um papel importante nesse período ao preparar um relatório defendendo a permanência das maisons no país. Durante a guerra, 92 ateliês continuaram abertos em Paris.
Apesar das regras de racionamento, impostas pelo governo, que também limitava a quantidade de tecidos que se podia comprar e utilizar na fabricação das roupas, a moda sobreviveu à guerra.
A silhueta do final dos anos 30, em estilo militar, perdurou até o final dos conflitos. A mulher francesa era magra e suas roupas e sapatos ficaram mais pesados e sérios.
A escassez de tecidos fez com que a mulher tivesse que reformar suas roupas e utilizar materiais alternativos na época, como a viscose, o raiom e as fibras sintéticas mesmo depois da guerra, essas habilidades continuaram sendo muito importantes para a consumidora média que queria estar na moda, mas não tinha recursos para isso.
Nos anos 40, os cabelos das raparigas mostrava mais variedades do que o dos rapazes: desde curto, quase à menino, até comprido, apanhado em tranças. Os laçarotes no cabelo eram frequentes. Logo que podia, a rapariga procurava imitar os adultos, penteando-se como as mulheres da época, encaracolando o cabelo com papelotes e permanentes ou laboriosamente confeccionados as elevadas popas à frente e os rolos de trás, muito em uso na década de 40.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Anos 30




Vários acontecimentos estiveram na origem das alterações registadas na moda dos anos 30.
Os “anos loucos” haviam terminado, pois a crise de 1929 originada pela queda da bolsa de valores de nova York, rapidamente se estendeu ao mundo.
Veio assolar os comportamentos, maneiras de pensar, sentir e agir de toda a sociedade.
De maneira que, a moda, não foi excepção.
As famílias endinheiradas, as que mais investiam na sua aparência entraram em falência, as damas não tinham dinheiro para se continuar a vestir como dantes.
Muitos hábitos eram agora alterados.
A alteração mais notável relativamente á moda dos anos 30 foi a mudança dos tecidos utilizados.
Estes eram agora mais baratos e de menos qualidade.
As vestimentas mudavam de forma
As saias ficam mais longas, os vestidos justos e rectos utilizados com uma capa, um lenço ou um bolero.
Tinham ainda grandes decotes nas costas que chegavam até á cintura.
A feminilidade voltara, o corpo da mulher voltou a ser valorizado de maneira natural.
Os cabelos crescem, a moda dos caracóis românticos regressa.
Os acessórios utilizados eram simples, os chapéus eram pequenos e em nada têm a ver com os utilizados no princípio da década de 20.
Nos anos 30 a vida ao ar livre passa a ser apreciada
Surge o interesse pela praia, pelos “banhos de sol” e a mulher passa a ter menos cuidado cem manter a sua pele branca.
O cinema passa a ter igual importância na vida das pessoas
Estas tinham um grande apreço por este e eram muito influenciadas.
Greta Garbo, Marlene Dietrich foram algumas das mulher referencia para a sociedade.
A 2ª Guerra Mundial influenciou também a maneira de vestir.
O fim desta década foi marcado pelo gosto do estilo militar.
As roupas obedeciam a um corte masculino já antes utilizado por Chanel que continuava a ter muito sucesso.








domingo, 18 de janeiro de 2009

Moda em França - História




Este mini-documentário de William Klein reproduz a história concisa e acelerada da Moda. Estão presentes citações de Paul Poiret, Channel, Dior e Courrèges.
William Klein, fotógrafo, foi descoberto por Alexander Liebeman, director da Vogue.
Klein é um caso muito interessante, pois este é avesso ao mundo da moda. Em 2007 ao avaliar uma obra referiu: "A moda é tão ridícula, não tem limite o que as pessoas fazem para chocar ou para ficarem conhecidas (...)"
William Klein além de fotógrafo também é director de cinema e pintor.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Channel


O nosso trabalho trata da moda enquanto fenómeno histórico e social, portanto, não podemos deixar de recuar alguns anos e falar de dois grandes criadores de moda que se tornaram imortais devido às suas criações.

São eles Coco Channel e Christian Dior.

Comecemos então por falar, de forma sumária, da história de sucesso de Coco Channel.

Channel nasce no Sul de França, no seio de uma família bem modesta, a 19 de Agosto de 1883.

Durante a sua vida evitou sempre falar das suas origens, pois teve sempre uma certa vergonha do seu passado. Sabemos que o seu pai era vendedor de vinhos e a sua mãe doméstica.

Fica órfã ainda em pequenina, cresce no orfanato. Cedo manifesta o gosto pela moda, gostava de vestir e criar roupas para as suas bonecas. Este gosto iria permanecer e fazer desta menina, uma mulher respeitada no mundo da alta costura.

Aos 15 anos Coco Channel vai viver para Paris, capital da moda, assim conhecida esta cidade, e é nela que Channel tem a sua grande oportunidade.

A vida desta jovem não fora fácil, começou por ser vendedora numa mercearia, experimentou a sua sorte no teatro mas foi com Boy Champel, que iria dar os seus "primeiros passos" no mundo da alta-costura.

Boy Champel, adorava o seu trabalho, as suas criações e a sua maneira de pensar. Channel dava prioridade à sua funcionalidade, defendia que as mulheres podiam ser elegantes, mas sem precisar de amas para se vestirem.

Channel faz uma junção de estilos, inspirava-se muitas vezes em roupas masculinas e obtia um vestuário cómodo mas muito elegante.

Criadas as condições, Channel abre a sua primeira boutique em 1910.

A sua primeira colecção veio romper com os padrões "normais" da época, e tudo o que é revolucionário causa polémica.

Os vestidos longos e rendilhados, tipicamente românticos, foram substituídos, por simples vestidos pretos pouco nobres para a época.

As roupas de Channel passam a ser usadas pelas grandes actrizes de cinema, e consequentemente pelas mulheres da alta sociedade, tornando o seu nome num dos mais nobres e fazendo das suas "casas" das mais procuradas.

Na vida desta mulher tudo corria bem mas nem sempre foi "um mar de rosas".

Channel foi exilada na Suíça pelo comité de deportação e regressa 10 anos depois.

Durante o período em que estava fora, surge outro grande criador de seu nome Christian Dior.

A carreira deste estava em pleno auge. Channel não desiste, e bastou apenas um ano para recuperar o estatuto que havia perdido e fazer frente àquele que, ainda hoje, é um dos seus maiores concorrentes.

Coco Channel morre a 10 de Janeiro de 1971, com 87 anos e deixa-nos a imagem de uma mulher elegante, portadora de uma beleza simples, com o hábito de alfinetar as suas criações com um cigarro na boca.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Anos 20


A mulher do século XXI não sabe de todo agradecer e valorizar a liberdade que a exterioriza.


Foi nos anos 20 que a mulher conheceu outra maneira de viver


Passa de dona de casa a chefe de família, pois a Grande Guerra levou seus maridos e nesse instante as senhoras passam a trabalhar. Ocupam cargos industriais, em minas, na direcção de empresas, entre outros.


A mulher toma consciência das suas capacidades, apercebe-se que consegue fazer o que o homem faz, e que não tem de estar submetida a este, reivindica assim os seus direitos.

Desde entao aparecem então movimentos feministas e sufragistas.


Desse modo, tudo se altera, nomeadamente o vestuário que muda radicalmente.

Ficam para trás corpetes e espartilhos nada cómodos para quem agora tem de trabalhar diariamente.


Os cabelos longos, tipicamente românticos são substituídos pelos cabelos á garçonne, usam-se agora vestidos "vaporosos" e "fluidos".

Estes vestidos tinham intenção de mostrar uma cintura recta, por isso, não marcavam a anca nem os seios, pouco valorizados na altura.


Os vestidos eram usados com meia opaca para que não se visse a perna a "nu".


Relativamete aos acessórios a mulher não dispensava de um chapéu ou de uma boina.


A maquiagem era agora mais atrevida, lábio carmim pintado em forma de coração, sobrancelhas tiradas e delineadas a lápis.


Estes hábitos demonstravam claramente os novos comportamentos, uma década de prosperidade e liberdade, onde a vida era mais valorizada.


A era do jazz, assim conhecida a década de 20 pois apareceram novas distracções, novos entretenimentos, para que as pessoas, fatigadas após um longo dia de trabalho se pudessem distrair.

A mulher passa a frequentar salões de dança, cafés, teatros, obtêm outro estatuto na vida em sociedade






Entrevista à Prof de História, Luísa Barros


-Considera que a Moda é influenciadora ou influenciada?
Considero que seja ambas.
Influenciadora, uma vez que influencia as pessoas, por exemplo, através dos media com a publicidade, torna-se um pouco difícil resistir e somos obrigados a consumir o produto da moda e não o que por ventura queríamos.
Influenciada porque foram feitos estudos importantes e a evolução tecnológica permitiu que esta a moda se desenvolvesse. Como por exemplo as fibras que estão na base dos produtos. Há 100 anos atrás não tínhamos os tecidos que utilizamos hoje em dia, como e o caso da Lycra.


- Qual a sua época preferida em termos de estilo?
A moda sendo uma arte, é intemporal. Mas tenho preferência pela época clássica e a sua recuperação no séc XIX.

- Em que época começou a valorização da moda?
Sempre foi valorizada. Mas mais partir do momento que houve maior acessibilidade à moda.
Na época napoleónica a moda era só para as elites. Hoje como toda a gente tem acesso à moda, toda a gente a valoriza.


- A que classes sociais se destinava a moda nas diferentes épocas?
Como foi referida na questão anterior, a moda era só para as elites.

- Como explica o desaparecimento de alguns objectos, como por exemplo a sombrinha, o espartilho…?
A valorização do tom de pele explica a utilização destes acessórios. Como a pele mais clara era mais valorizada, normalmente as sombrinhas seriam mais utilizadas, hoje em dia valoriza-se mais o moreno, portanto não justifica a utilização deste acessório.


- Acha que a moda favoreceu a emancipação da mulher, nos anos 20 ou vice-versa?
Com os empregos que a mulher adquiriu, surgiram mudanças no dia-a-dia, portanto já não havia tempo para tratar de roupa maior e mais complexa o que fez com que se deixasse de usar espartilhos, saiotes…

- Como é que os homens e a sociedade em geral reagiram a estas acentuadas mudanças no vestuário feminino?
Foi uma reacção de surpresa, choque, mas também de rejeição.

- De que forma o Governo oprimia as mulheres, quanto à sua maneira de vestir?
Eram aplicadas pragmáticas contra o luxo e contra a riqueza. Mais tarde, não se podia usar calças na escola, havia regulamentação do vestuário nas praias…
A partir dos anos 70 esta prática começou a ser menos valorizada.


- Qual a sua concepção de Moda?
Hoje é uma indústria, um fenómeno económico com uma componente artística, mas não deixa de ser um fenómeno social muito interessante.


- Concorda com os estilos resultantes dos movimentos de comportamento, tais como o “Hippie”?
Estes tiveram impacto nas sociedades, mas também resultaram numa abertura excessiva. Não sou adepta do principio “sex, drugs and rock’n’roll”, mas não posso deixar de admitir que foi um dos grandes fenómenos culturais do séc. XX.

- Como vê a moda dos dias de hoje?
Hoje a moda tem demasiada importância cultural e transmite sentimentos de pertença. Trata-se também de um fenómeno económico.

- Acha que as pessoas deixaram de ter opinião própria e agora limitam-se a imitar-se umas às outras?
Isso deve-se à massificação.
Umas pessoas são mais criativas e têm mais gosto e adaptam a moda ao seu estilo, outras limitam-se a vestir...