quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Anos 50 - A época da Feminilidade


Com o fim dos anos da guerra e do racionamento de tecidos, a mulher dos anos 50 tornou-se mais feminina e glamurosa, de acordo com a moda lançada por Christian Dior, em 1947 – “New Look”. A silhueta desta década veio mudar completamente o vestuário feminino sendo ela caracterizada pela cintura bem marcada, os vestidos eram amplos e até aos tornozelos e os sapatos eram de saltos altos, além das luvas e outros acessórios luxuosos como peles e jóias. A moda nesta altura seguia o caminho da simplicidade e da praticidade, sendo a guerra uma principal influenciadora para a mulher ansiar pela volta da feminilidade, do luxo e da sofisticação, sendo o “New Look” uma forma de aceitação por parte das mulheres. Com o fim da escassez dos cosméticos do pós-guerra, a beleza se tornaria um tema de grande importância. Era tempo de cuidar da aparência! A maquilhagem estava na moda e valorizava o olhar, o que levou a uma infinidade de produtos para os olhos (rímel, lápis para os olhos e sobrancelhas, sombras e delineador). As tintas para os cabelos também passaram a fazer parte da vida de dois milhões de mulheres; os penteados podiam ser rabos-de-cavalo, os cabelos ficaram mais curtos, com mechas caindo no rosto e as franjas davam um ar de menina. Dois estilos de beleza feminina marcaram os anos 50: o das ingénuas chiques encarnado por Grace Kelly (artista de cinema), que se caracterizavam pela naturalidade e jovialidade; e o estilo sensual e fatal, como o das actrizes Rita Hayworth. Contudo, os dois grandes símbolos de beleza dos anos 50 foram Marilyn Monroe e Brigitte Bardot que eram uma mistura de dois estilos: a combinação da ingenuidade e sensualidade. Nomes importantes da criação de moda são Cristobal Belenciaga, Hubert de Givenchy, Pierre Balmain, Chanel, Madame Grés, Nina Riccie e o próprio Christian Dior. A partir de 1950, uma difusão da alta-costura parisiense tornou possível a criação de um grupo chamado “Costureiros Associados”. Assim, mais tarde, a grife “Jean Dessès-Diffusion” começou a fabricar tecidos em série para determinadas lojas da França e da África do Norte. Nessa época, pela primeira vez, as pessoas comuns puderam aceder às criações da moda sintonizada com as tendências do momento. Uma preocupação dos estilos era a diversificação dos produtos, através do sistema de licenças, que estava revolucionando a estratégia económica das marcas. Assim, alguns se tornaram símbolos do que havia de mais chique, como o perfume de Chanel Nº5 e o batom Coronation Pink, lançado por Helena Rubinstein. Dentro de um grande número de perfumes lançados nos anos 50, muitos constituem ainda hoje os principais produtos em que se apoiam algumas maisons, cuja sobrevivência muitas vezes é assegurada põe eles.

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